TRT-5 tira site do ar e suspende acesso à internet após onda de ataques


O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5), na Bahia, resolveu tirar o site do ar e suspender completamente o acesso à internet por conta dos ciberataques em larga escala que atingem vários países do mundo nesta sexta-feira (12). Segundo informação do órgão, a medida é preventiva, já que o TRT-5 não chegou a ser atacado. 

"A gente resolveu isolar o TRT-5 da internet. Foi uma medida preventiva, porque a gente teve conhecimento dos ataques que estão acontecendo, inclusive aqui (no Brasil), então a gente preventivamente resolveu tirar o TRT do acesso à internet, inclusive interno também, para garantir que não tenha nenhum tipo de problema", explica Érica Rossiter, diretora da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações órgão. 

Desde as 15h de hoje, o sistema do TRT-5 está fora do ar, impossibilitando que advogados e partes interessadas tenham acesso a processos online. Justamente por conta do alto nível de digitalização dos processos atualmente, há uma preocupação grande para não comprometer o sistema. "Tivemos uma reunião de crise com todos chefes da área de tecnologia e decidimos por esse caminho e agora estamos aguardando atualização de uma empresa de antivírus, para ver se lançam uma resposta a isso", acrescenta Érica. 

Os computadores do TRT-5 estão atualizados com os patches (atualizações de segurança) do Windows, mas mesmo assim, por conta das incertezas que rondam o assunto, a decisão foi tomada. A expectativa é que na segunda-feira tudo esteja resolvido. 

Decisão similar foi tomada também pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), retirado do ar na tarde de hoje. lém disso, o Ministério Público do estado suspendeu os serviços de internet e email da instituição e o INSS orientou que todos os computadores do órgão fossem desligados. As medidas foram tomadas também por precaução.

Veja outros órgãos que também tiraram site do ar:

Petrobras

Instituto Nacional do Seguro Social em todo o Brasil

Ministério das Relações Exteriores

Tribunal da Justiça de São Paulo

Ministério Público de São Paulo

Tribunal de Justiça do Sergipe

Ataques
A empresa russa de segurança cibernética Kaspersky estimou nesta sexta-feira (12) em mais de 45 mil o número de ataques cometidos por hackers usando vírus do tipo ransomware, que afetou infra-estruturas de informática em 74 países. "As cifras continuam aumentando inusitadamente", disse Costin Raiu, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise Global da Kaspersky, no Twitter.

Ele disse que as mensagens do ciberataque, que afetou países como Espanha, Reino Unido, Turquia, Ucrânia, Brasil e Rússia, foram escritas em romeno, mas não por um nativo.

A Kaspersky, que produz softwares de segurança cibernética, enviou à Efe um comunicado no qual diz que identificou o rootkit (tipo de software malicioso, programado para se ocultar no sistema sem ser encontrado pelo usuário ou por antivírus) utilizado para efetuar o ciberataque. O rootkit é: (MEM:Trojan.Win.64.EquationDrug.gen).

Segundo a nota, o ataque indiscriminado aconteceu através de um sistema de propagação que utiliza uma vulnerabilidade detectada nos sistemas operacionais da Microsoft. O comunicado destaca que os hackers exigem como recompensa US$ 600 em bitcoins. "O maior número de tentativas de ataque foi detectado na Rússia", destacou a fonte.

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