Os pedidos pela renúncia do presidente Michel Temer (PMDB), após a divulgação da deleção dos donos da JBS, puderam ser ouvidos nas ruas de Salvador nesta quinta-feira, 18, em manifestação que reuniu grupos de esquerda e organizações de movimentos sociais na avenida ACM.
Sob gritos de ordem contra o peemedebista no microfone de um nano trio elétrico, os manifestantes interromperam parcialmente a via marginal da avenida e discursaram para transeuntes que entravam e saíam do Shopping da Bahia.
Em alguns momentos, motoristas que passavam em automóveis buzinavam em apoio ao grupo.
As falas, que indicam um consenso por eleições diretas nos setores da esquerda, classificavam uma possível eleição indireta no Congresso Nacional como “um golpe dentro do golpe”, em referência ao impeachment que depôs a ex-presidente Dilma Rousseff do Palácio do Planalto no ano passado.
Por volta de 19h, aproximadamente 300 filiados ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação (Sinasefe) se juntaram ao ato pela renúncia.
Os servidores, que participavam de um congresso da categoria no Hotel Fiesta, no Itaigara, marcharam ao encontro da manifestação, provocando retenção do trânsito na região. Dispersaram, entretanto, cerca de 40 minutos depois.
O restante do grupo, composto por cerca de 80 pessoas, seguiu, já debaixo de chuva, para a sede do PMDB, no Costa Azul. Flanelinhas e ambulantes que se juntaram ao ato usaram sacos de lixo, uma lata de coleta e uma placa de publicidade para parar o trânsito, ainda na avenida ACM.
Oposição nas ruas
Outra manifestação está marcada para esta sexta, 19, às 15h, entre o Campo Grande e a praça Castro Alves, no centro de Salvador. Convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o protesto faz parte de um esforço de mobilização das centrais sindicais, que ainda inclui um outro ato, no domingo, às 13h, no mesmo local.
A manifestação desta quinta não contou com a presença dos sindicalistas. No horário, líderes dessas entidades estavam reunidos na sede da CUT, na Mouraria.
Na ocasião, de acordo com um dos coordenadores da Frente Brasil Popular, Walter Takemoto, ficou decidido que a defesa de eleições diretas imediatamente será o discurso central da mobilização, a partir de agora.
Uma caravana em direção a Brasília, que vai culminar em uma grande manifestação contra o presidente Temer na próxima quarta, 24, é a aposta dos sindicalistas para intensificar a crise que abala o governo.
Só de Salvador, 60 ônibus levarão militantes para o protesto na capital federal, segundo Takemoto.
“Nossa avaliação é que tanto o Temer quanto o Aécio agiram para impedir o avanço da Lava Jato e para beneficiar empresas, além de saber de fatos como a compra de um procurador. No mínimo, ele tinha que ter denunciado no Ministério Público Federal”, afirmou.
Fonte:atarde
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