Suspeito de matar enfermeira em Alagoinhas foi identificado pela polícia


As circunstâncias do assassinato da enfermeira e professora universitária Rosângela Gomes Costa, 35 anos, morta a facadas dentro de casa, no município de Alagoinhas, a 130 km de Salvador, estão perto de ser esclarecidas. O titular da 1ª Delegacia de Alagoinhas, Clélio Pimenta Bastos Filho, afirmou que o principal suspeito do crime foi identificado como Edvan Alves dos Santos, 28. Ele teve a prisão temporária decretada pela justiça neste domingo (23).

Segundo o delegado, indícios apontam que Edvan, que conheceu a vítima há cerca de seis meses, é o autor do crime. Ele realizou serviços de limpeza na casa da enfermeira no final do ano passado e, de lá para cá, segundo a polícia, esteve na casa outras duas vezes. Alves tinha conhecimento da rotina da professora, segundo Pimenta, que morava sozinha no bairro do Barreiro, mesmo lugar em que mora o suspeito.

"Ainda é cedo para afirmar se a morte se deu com finalidade de roubar. É prematuro dizer isso. É meio óbvio que ele se aproveitou do fato dela ser uma mulher, o que configura o feminicídio, e não só isso, pois ele amordaçou e esfaqueou a vítima, o que vamos investigar e tentar entender. Pode não ter sido um simples latrocínio", pontuou o delegado, acrescentando que o suspeito é usuário de crack. 

A polícia chegou à identidade de Edvan após encontrar, na tarde deste sábado (22), o aparelho celular que era utilizado pela professora em posse de um homem. Segundo Clélio, o rapaz foi autuado por receptação de produto roubado, ouvido e liberado. "Foi por meio do depoimento dele que chegamos ao possível autor deste crime, que vendeu o aparelho ainda na quinta-feira", comenta.

A dinâmica do homicídio, no entanto, ainda não pôde ser esclarecida. Detalhes como horários e cronologia do fato serão conhecidos a partir da prisão de Edvan. As investigações mostram que o suspeito roubou o celular da vítima ainda na quinta-feira (20) e retornou ao local do crime na madrugada de sexta-feira (21), pouco antes da professora ser encontrada. Conforme familiares, a enfermeira deixou de manter contato com amigos entre 12h e 14h de quinta e, à noite, saiu de todos os grupos do aplicativo WhatsApp. 

A cena do crime, segundo Clélio, destoa de casos de roubos seguidos de morte. Rosângela foi encontrada parcialmente nua, esfaqueada e amordaçada, sobre a cama. "É difícil falar. Ela tinha os olhos vendados e a mordaça, o que são elementos a mais. Era uma intenção dele subjugar. A motivação vai ser esclarecida, pois ele pode ter iniciado tudo por um motivo e ter evoluído a outros. O comportamento de uma pessoa que certamente estava perdida", conta. Não há informações sobre a participação de outras pessoas. 

Jantar após o crime
"Ele chegou a jantar na casa da mãe após sair da casa dela [Rosângela], agiu com tranquilidade. Tudo precisa ser confirmado mas o que temos até aqui leva a crer que não foi só uma questão de droga. Talvez até denote uma premeditação", considerou. Quanto à possibilidade de envolvimento afetivo entre a enfermeira e Edvan, o delegado informou que todas as possibilidades estão sendo consideradas. "É prematuro descartar qualquer coisa. Considerando a mordaça, que tem a intenção de subjugar a vítima, você entende que traços de sentimento, seja de amor ou de ódio, estão presentes", salientou. 

Fonte: correio24horas
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