Craques da vela incentivam crianças a praticar o esporte em Porto Alegre


Três dos maiores nomes da vela brasileira estiveram na manhã deste domingo no Clube dos Jangadeiros, na zona sul de Porto Alegre. Robert Scheidt, maior medalhista olímpico do esporte brasileiro, e as atuais campeãs da Olimpíada Rio 2016, Martine Grael e Kahena Kunze, participaram da segunda edição do Descobrindo a Vela no Jangadeiros, evento que teve como objetivo promover a iniciação de não praticantes do esporte.

Realizada pela Escola de Vela Barra Limpa, pertencente ao clube, a ação proporcionou a crianças e adolescentes a oportunidade de velejar pela primeira vez, liderados por instrutores da instituição. Depois disso, acompanhados pelos pais, os participantes assistiram a uma breve palestra e puderam fazer perguntas aos campeões olímpicos.

— A vela, para a criança, dá uma sensação de liberdade. Eu gostava de interagir com a água e com o vento — contou Scheidt, que aos cinco anos de idade começou a navegar com o pai. — Ele tinha de me tirar da água no sábado à noite, porque eu não queria sair. E, no dia seguinte, eu já queria voltar. 

Kahena afirmou que o amor pela vela surgiu a partir da convivência com amigos no clube que frequentava quando criança. 

Já Martine afirmou a importância de os pais incentivarem os filhos a praticarem o esporte:

— A gente começou com a idade de você, você e você — disse a filha do multicampeão Torben Grael, que conquistou seis títulos mundiais e cinco medalhas olímpicas, apontando para três crianças sentadas na primeira fila durante a palestra. — Para mim, a vela é como uma família. E eu tenho uma família espalhada pelo mundo inteiro. 

Surfista, o advogado Emerson Cervieri, 40 anos, não tinha nenhum contato com a vela. Quando ficou sabendo do evento, gratuito e aberto à comunidade, decidiu levar os filhos Eduardo, de oito anos, e Isabela, de sete. Atualmente, o menino está matriculado em uma escolinha de futebol e a menina, em uma escola de balé. 

Surpreso com o preço da mensalidade do curso de vela, que considerou barato (R$ 100 mensais), Cervieri até cogita substituir as atuais atividades dos filhos, caso eles queiram seguir praticando vela:

— Trouxe-os para ver se iriam gostar. Se gostarem, vou matriculá-los na escola. Pago R$ 80 no futebol e R$ 80 no balé. Por R$ 40 de diferença eles terão a oportunidade de fazer um esporte diferente. 

Diretor da escola de vela, Alexandre Paradeda, 11 vezes campeão brasileiro, diz que a ideia do projeto é desmistificar a imagem da modalidade como um esporte caro e difícil de praticar. Segundo ele, o esporte exige dos praticantes muito esforço físico e intelectual e ensina — especialmente às crianças — a disciplina e o respeito à natureza.

Juliana Diehl Emery, nove anos, foi uma das crianças que experimentaram a primeira velejada. Mesmo nervosa antes do início da aventura, ao lado dos companheiros de embarcação ela ajudou o instrutor a empurrar o barco até a margem do Guaíba. Depois, sentada na popa (parte traseira), adorou a experiência. 

— Foi legal. Me diverti muito — disse, sorrindo. 
Já o pequeno Artur Pereira Lopes, sete anos, que segundo os pais tem muito medo da água, não hesitou quando recebeu o convite para experimentar um passeio a vela. Na saída do barco, encharcado, comemorou o fato de, durante o passeio, descer do barco e nadar, sob a supervisão do instrutor:_ O mais legal foi poder me atirar na água.

Fonte: zh
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